Havdalá é a cerimônia que fazemos semanalmente ao término do Shabat, após o completo anoitecer de sábado. Sua função é assinalar formalmente o fim do Shabat. A palavra significa "separação," pois Havdalá funciona como um divisor de tempo, separando a serenidade e santidade do Shabat, do trabalho e correria dos demais dias da semana.
A cerimônia da Havdalá não toma mais do que poucos minutos. Além de marcar o término do Shabat, preconiza o início de uma boa semana.
O que deve-se ter à mão para fazer a Havdalá?
Você precisará de um copo de prata repleto com vinho, cerveja ou suco de uva, cravos da índia (Canela em pau, Anis, Canela em pó, Erva Doce); colocados em uma caixinha que preserve seu aroma e guardado para este fim e uma vela com pavio duplo - tradicionalmente uma vela de cera retorcida especial para a Havdalá. Geralmente estas velas especiais de Havdalah, tem 6 pavios nos lembrando dos 6 dias de trabalho!
Duas velas mantidas juntas pelas chamas também serve.
A Havdalá é realizada tradicionalmente com a família ou demais presentes reunindo-os ao redor da mesa e convidando a todos a participar.
Por que a bebida?
Porque estas bebidas dão a idéia de dignidade, e você deseja entrar e sair do Shabat com dignidade.
Por que os temperos?
Para restaurar sua alma quando da partida de uma alma adicional que nos acompanha durante o Shabat.
Para nos dar um cheiro gostoso, suave e lembrar a nossa mente que o Shabat deve ser guardado em nossas mentes, como dia delicioso!
E por que os dois pavios/chamas?
Simbolizam os dois pedernais que Adam usou após o primeiro Shabat para acender sua vela de Havdalá.
Segura-se na palma da mão direita um cálice de vinho, suco de uva ou cerveja (contendo no mínimo 86 ml), e recita-se a havdalá, de pé, em voz alta:
Hinê E-l yeshuati; evtach velô efchad, ki ozi vezim-rat Y-a, A-do-nai, vayhi li lishuá. Ush'avtêm má-yim bessasson, mimaaynê hayshuá. L'A-do-nai hay-shuá; al amechá birchatêcha, sêla. A-do-nai Tseva-ot imánu; misgav lánu, E-lo-hê Yaacov, sêla. A-do-nai Tseva-ot, ashrê adam botêach Bach. A-do-nai hoshía; ha'Mêlech yaanênu veyom cor'ênu.
Tradução:
Eis que D'us é minha salvação; confiarei e não temerei, pois A-do-nai é minha força e canção, e Se tornou minha salvação. Portanto, hauri com alegria água das fontes de salvação. A salvação cabe a A-do-nai; Tua bênção está sobre Teu povo, para todo o sempre. A-do-nai dos Exércitos está conosco; o D'us de Yaacov é nossa Fortaleza, para todo o sempre. A-do-nai dos Exércitos, louvado é o homem que confia em Ti. Salva, A-do-nai; responde-nos, ó Rei, neste dia em que chamamos.
*Neste momento os presentes costumam recitar o seguinte versículo em voz alta e o condutor o repete:
Layhudim hayetá orá, vessimchá, vessasson, vicar; ken tihyê lánu.
Tradução:
Para os judeus houve luz, alegria, júbilo e honra; que assim seja para nós.
Cos yeshuot essá, uvshêm A-do-nai ecrá. Savri ma-ranan:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech hao-lam...
quando sobre vinho ou suco de uva:...borê peri hagáfen (quando sobre cerveja: ...shehacol nihyá bidvarô).
Tradução:
Elevarei o copo da salvação, e em nome de A-do-nai chamarei. Atenção Senhores: Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo quando sobre vinho: que cria o fruto da vinha (quando sobre cerveja, que tudo vem a existir por Seu verbo).
Passa-se o cálice com o vinho para a mão esquerda e, na direita, segura-se a caixa contendo especiarias (como cravo e/ou canela, ou todas as demais citadas acima juntas), recitando a bênção:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, borê minê bessamim.
Tradução:
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que cria diversos tipos de especiarias aromáticas. Depois que o condutor cheira as especiarias, passa-as para os presentes. Cada um recita a bênção das especiarias antes de cheirá-las. Um dos presentes segura uma vela trançada acesa (ou, na falta desta, duas velas simples cruzadas de modo a fazer uma só chama dos dois pavios), e o oficiante recita a bênção do fogo:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, borê meorê haesh.
Tradução:
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que cria as chamas do fogo.
Com o cálice na mão esquerda, o condutor dobra o polegar da mão direita debaixo dos quatro dedos e mira o contraste da luz e da sombra, provocado pelas chamas da vela. Os homens presentes também miram a sombra dos dedos das mãos (as mulheres geralmente não o fazem).
Em seguida,o condutor pega novamente o cálice na mão direita e termina a havdalá.
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, hamavdil ben côdesh lechol, ben or lechôshech, ben Yisrael laamim, ben yom hashevií leshêshet yemê hamaassê. Baruch Atá A-do-nai, hamavdil ben côdesh lechol.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que distingue entre santo e profano, entre luz e trevas, entre Israel e as nações, entre o sétimo dia e os seis dias de trabalho. Bendito és Tu, A-do-nai, que distingue entre o santo [Shabat] e o comum [os dias das semana].
Quem recitou a havdalá bebe a maior parte do conteúdo do copo de havdalá, sentado. (O vinho de havdalá não é repartido entre os presentes.) Com o restante da bebida apaga a vela trançada. E... Shavuá Tov!
Tenha uma ótima semana!
A bênção pós-alimento para vinho ou cerveja é recitada por qem fez a havdalá; ela que encontra-se no Sidur ou Manual de Bênçãos.
Após a havdalá do final de Shabat costuma-se recitar "Veyi-ten lechá", versículos que contêm bênçãos, para iniciar a nova semana abençoada. O texto completo encontra-se no Sidur.
Benção do Fogo!
Cheirando as especiarias
Vela de Havdalah
Apagando-se a vela!
Shavua Tov Lekulam
Boa Semana a Todos!!!
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