por Rabino Laibl Wolf | |||||
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Uma Reencarnação Espiritual Nós todos fomos testemunhas do assassinato em massa, "ao vivo" em nossa sala de estar. Milhões de espectadores como você e eu assistimos em completa descrença à fria, perversa e premeditada carnificina. Uma matança planejada por anos, executada com total desprezo pelo significado da vida. Foi como o fanatismo nazista, em sua forma mais feia e mais potente. Fornos instantâneos, sem necessidade de planejamento arquitetônico e proezas de engenharia. Ou será que fomos testemunhas de um ato de soberbo heroísmo — guerreiros pela liberdade preparados para sacrificar-se nobremente pela fé e reagir de forma contundente à tirania e ao jugo estrangeiro? Um ato instantâneo de coragem, surgindo milagrosamente dentre as almas oprimidas do povo sofredor, esmagado política e financeiramente pelos opressores ocidentais? A verdade verdadeira poderia se apresentar para dar sua versão, por favor? Calma, ela virá.
Mas por que fui testemunha? Seria possível para mim entender o objetivo da morte, da dor e do sofrimento? Não. Mas posso aprender com isso — ou fugir covardemente, dando de ombros e com um olhar de descrença. O Cosmos está me proporcionando uma chance inglória de aprender a mais dolorosa das lições — do jeito mais duro, através do sacrifício involuntário de milhares de almas. A tentação continua a chafurdar em meu sofrimento; a torturar-me com fascinante insistência pelas cenas dos mísseis humanos explodindo em bolas de fogo e corpos-projéteis despencando desajeitadamente para a morte certa, de dois dos maiores edifícios do mundo implodindo em poeira e cinzas, banhando todos que estavam na vizinhança em sombras fantasmagóricas de sujeira cinzenta, escondendo o sol lá em cima e o sol dentro de cada um. Por que eu fui testemunha? Então, tento sacudir meu atordoamento e estupor. Tento me afastar da imagem daquele momento tecnicamente congelado do impacto, partilhando a descrença daqueles que assistiram das calçadas, cujas vidas serão para sempre pontuadas pelo impacto ensurdecedor dos prédios desmoronando, e das vigas gemendo ao cair. Não, não consigo enxergar o sentido disso tudo. Mas estou determinado a dar algum significado aos acontecimentos — para homenagear a dissipação das almas daquelas pessoas, grotescamente desentranhadas de seus entes queridos para sempre. Minha mão não consegue atravessar o oceano e confortar os sobreviventes e enlutados. Os meandros racionais de minha mente não conseguem mascarar o grito de tormento em suas profundezas. Porém acredito que você e eu escutamos um pungente toque de despertar. O preço foi alto, alto demais. Mas não posso fazer um acordo com os mortos. Não posso negociar os termos ou o tipo de moeda. Devo pagar o preço de tornar suas vidas significativas, sua morte um aguilhão, não permitir que suas vidas sejam reduzidas à futilidade. Como posso pagar? Fazendo de minha vida (e peço o mesmo a você) uma contribuição a uma nova sociedade de empatia, paz e compreensão recíproca. Utopia? Não creio. Assim como há um princípio de psicose coletiva que promove o terrorismo audacioso, assim também existe um princípio de sabedoria coletiva que proporciona a colheita dos doces frutos da compaixão e carinho. Você e eu somos dígitos muito reais da energia espiritual que pode inclinar o mundo contra o limiar da fissão moral — o ponto onde pessoa e pessoa, nação e nação, besta e animal, todos formamos um todo para multiplicar os poderes do discernimento e sabedoria pelo mundo afora. Fazer menos que isso é desprezar a oportunidade que os mártires involuntários estão nos oferecendo. Deixe-me compartilhar com você sete itens a serem seguidos para a transformação pessoal e global: 1 — Reconheça que você recebeu seus talentos lá de Cima. Você é uma configuração espiritual diferente de qualquer outra que jamais existiu ou virá a existir. Demonstre sua especialidade àqueles que foram deliberadamente colocados em seu ambiente — e isso inclui todos que você conhece ou encontra — amigo ou estranho. 2 — Acalente as qualidades humanas da compaixão, partilha e ajuda desinteressada. Pratique-as o tempo todo, como um músico praticando escalas. Coloque moedas em caixas de caridade, jogue algumas moedinhas no chapéu dos músicos no metrô, compre um lanche para um sem-teto. Elogie sempre que for possível. Faça atos de bondade ao acaso, prestando atenção às oportunidades que a vida oferece. (Você ficará maravilhado ao ver como são inumeráveis as chances de ajudar aos que cruzam seu caminho. 3 — Reaja à provocação ou insulto pessoal com uma percepção da maravilhosa oportunidade de colocar-se no lugar do próximo. Quando alguém o insulta, magoa ou humilha, você está vendo o sofrimento, a camuflagem e o medo daquelas pessoas. Estes são os verdadeiros sofredores, estejam ou não conscientes disso. Seja para eles um professor, ou curandeiro, naquele exato momento. Use sua sabedoria de palavras e silêncio para ajudá-los na cura. 4 — Pratique a compaixão. Isso não significa ceder, dando a outra face, ou a mera submissão. A compaixão inclui auto-estima, autoconfiança, e sabedoria. Compaixão é a sabedoria de dar sabiamente. Nem toda doação é inteligente. Às vezes doar estraga, e nega a oportunidade de crescimento daquela pessoa. A doação sábia proporciona ao outro uma chance de redobrar o esforço para crescer. Esta é a verdadeira compaixão. 5 — Cultive a força interior. Torne-se forte de caráter, de propósito. Identifique suas visões, para si próprio e para a humanidade. Estabeleça metas para atingi-las. Delineie estratégias práticas para a expressão de sua alma — no lar, no trabalho, e no mundo em geral. Força interior e auto-estima incluem a coragem de defender a própria integridade como ser humano e a propriedade como nação, mas com lágrimas descendo pelo rosto quando uma guerra justa e uma batalha são jogadas sobre nós, ou quando tiver de punir uma criança recalcitrante, ou remover uma presença anti-social de nosso meio. 6 — Dedique seu coração, mente e alma ao delicado equilíbrio. Mente: acumule dados, compartilhe a experiência de vida das pessoas, pondere e medite. Coração: pratique a empatia, e tente ficar por um momento no lugar, ambiente e genética de outra pessoa. Corpo: Discipline-se em práticas saudáveis e do bem, para que sua alma tenha como morada um lindo templo, e meios para sua própria expressão. 7 — Escolha ser uma pessoa de fé. Aceite os axiomas da santidade da vida sobre o princípio abstrato, da qualidade de vida acima da quantidade de possessões, da compaixão acima do ego. Deixe que esta fé seja praticada conscientemente, o tempo todo. Cada um de nós é um microcosmo do macrocosmo. Quando o mundo sofre, isso reflete nossa dor pessoal. Quando o mundo experimenta a destruição gratuita, é quando praticamos a autodestruição espiritual através do egoísmo e auto-engrandecimento. As Torres Gêmeas foram monumentos à nossa ânsia de tocar o céu — talvez uma Torre de Babel dos tempos modernos. Agora precisamos olhar para dentro — tocar as qualidades gêmeas da humildade e do amor. Reencarnar as almas daqueles que foram tão bruscamente arrancados de nós, mas como visões práticas para uma atitude melhor, mais leal, de amor e humildade. Você conta. Faça isso e viva isso. Você é filho de um Criador vivo, pulsante e compassivo. |
✡ B"H / ב"ה O judaísmo cada vez mais perto de você! Nossa intenção é falar sobre diversos temas da Cultura Judaica! Nosso ideal é fazer Tikun. Baruch Habá ברוך הבא Paz e Bençãos / שלום וברכה Blogger 100% Kosher. ב"ה ✡ Atenção: Este blog contém termos sagrados; caso imprima algo, trate o material com o devido respeito. Quando for ler e estudar, trate os mesmos com o mais profundo respeito! "Shemá Israel Adonai Elohênu Adonai Echad."
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
As Torres Gêmeas
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