terça-feira, 6 de setembro de 2011

Brit Milá




SEMPRE TENHA EM MENTE QUE UM MOHEL PRATICA UM ATO RELIGIOSO E NÃO CIRÚRGICO, O ATO CIRÚRGICO É PRATICADO PELO MÉDICO!

As palavras "Brit Milah" significam "O Pacto da Circuncisão". O Pacto é bi-direcional: O Povo Judeu incunbe-se de cumprir as Leis Divinas, e D'us nos protege e toma conta de nós. A circuncisão é o sinal do Povo Divino com "Avraham" Abraão para tornar seus descendentes uma grande nação e para dar-lhes a Terra de Israel.
A obrigação desta mitzvá, de introduzir a criança no Pacto de "Avraham" Abraão, recai sobre o pai. Se o pai não o fizer, a obrigação recai sobre o próprio filho quando ele completar bar-mitzvah (13 anos de idade).

Entrada na Comunidade Judaica.

A história, as leis e a prática do Brit Milah são extremamente ricos em significados. Em primeiro lugar, ele pode ser visto como um ritual de iniciação, de entrada na comunidade judaica. É o selo da Aliança, através da qual reconhecemos D'us e nos comprometemos com Sua Palavra; desta forma nos tornamos sagrados, e recebemos Suas promessas de vida e fertilidade. E nos conectamos a uma corrente que une virtualmente todos os homens judeus desde "Avraham" Abraão, até nosso filho, ali, pequeno e frágil, diante de nós. Essa é uma forma muito intensa e profunda de receber uma criança e de lhe transmitir o pertencimento a uma família e a um povo.
Brit milá (em hebraico: ברית מילה, literalmente aliança da circuncisão), também chamado de bris milá (na pronúncia asquenazi) é o nome dado à cerimônia religiosa dentro do judaísmo na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança entre D-us e o povo de Israel.Também é nesta cerimônia que o menino recebe seu nome. Costuma-se realizar o brit em um café da manhã festivo.

Brit Milah, a primeira mitzvah

O Brit Milah marca indubitavelmente o início deste compromisso. É a primeira mitsvah na vida de um judeu; a única a ficar gravada em seu corpo. Muitos rabinos dizem que é a mais importante: ora a soma dos valores numéricos da palavra hebraica "Brit"é 612, sugerindo que a Milah por si só teria o valor de todas as outras mitzvot em conjunto, que são 613 divididas de duas categorias, sendo elas: 248 obrigatórias em serem realizadas e 365 proibições de serem realizadas.

Brit Milah

Quem procura por um Mohel, deve ter em conta, a capacidade do profissional em questão,sua experiência, sua formação pessoal e principalmente saber se houve algum caso em que alguma criança por ele circuncidada teve problemas posteriores a esta circuncisão, isto se refere a um médico ou a qualquer outro profissional da área.

De nada adianta buscar um "Mohel" que seja médico, pois um médico é um médico e não um Mohel, mas sim um médico e mesmo que realize a cerimonia, esta poderá não ter o mesmo sentido religioso que todo pai e mãe dedicado
buscam para dar continuidade as suas raízes e tradições judaicas, isto logicamente não se refere a um Mohel que seja certificado como mohel.

Não adianta um Mohel ser ortodoxo e não ter a mínima noção de higiene e técnica cirúrgica, não ter noção de farmacologia, não aplicar nenhum anestésico anterior a realização do Brit Milá, pois a Torah nos obriga
sim a realizar o Brit Milah, mas em nenhum lugar está escrito que deve ser acompanhado de dor !

Um Mohel ortodoxo lhe questionará sua identidade judaica e a identidade
judaica de sua esposa e caso ele encontre algo que ponha em dúvida a
origem judaica de sua esposa, sogra e mãe de sua sogra, tenha a certeza
que ele não realizará o Brit Milah de forma e maneira alguma não que seu
filho não mereça a consideração deste Mohel ortodoxo, e isto não quer dizer
que este Mohel seja mal caráter ou racista, mas sim porque sua formação e
convicção religiosa lhe impedirá de realizar tal cerimonia, pois segundo a
Halachá, só é judeu aquele nascido de ventre judeu ou que tenha se convertido segundo as normas e preceitos ortodoxos torna-se um Guer Tzedik.

Uma pessoa convertida por um rabino liberal ou reformista não é
considerada judia pela linha ortodoxa daí que se a mãe for convertida por um dos rabinos mencionados anteriormente tal conversão não tem validade no meio ortodoxo.

Um médico quer seja ele psiquiatra, cirurgião plástico, oncologista,
ginecologista ou até mesmo pediatra não é Mohel é sim um médico, não se dedica somente ao Brit Milah, um Mohel pode até ter uma outra atividade, desde que ela não esteja intimamente ligada a um ato cirúrgico, pois quem assiste a um médico realizando um Brit Milah pode confundir um ato cirúrgico com um ato religioso e um ato cirúrgico não tem validade religiosa.

Vamos procurar entender todo este questionamento.

O que é um Brit Milah ?
R: O Brit Milah é o sinal da aliança entre Deus e o povo judeu. Foi
realizado pela primeira vez por Abraão em si mesmo e em seu filho Ismael que era filho de Hagar e em todos os homens de sua casa, e posteriormente em seu filho legítimo Isaac, que era filho de sua esposa Sara e esta escrita está prescrição no Livro do Genesis 17:9-12

O ritual do Brit Milah deve ser executado dentro das mais perfeitas
normas de higiene e por uma pessoa especializada, o MOHEL.

O Brit Milah marca o ingresso do menino na comunidade dos filhos de Israel.

Só os judeus realizam a circuncisão ?
R: Não, existem outros povos que praticam o ato da retirada do prepúcio do menino, muitos árabes de origem muçulmana procuram um Mohel para tal ato.


Judeus e muçulmanos respeitam a tradição !
por ESTANISLAU MARIA
Agência Folha.

Vale o que está escrito. Está na Torá que os pais devem fazer a
circuncisão do recém-nascido, como símbolo da aliança com Deus."
"Pelo Alcorão, seguimos as tradições de Abraão e Maomé, que mandam o muçulmano
fazer a circuncisão."
Durante a semana, a redação da Folha de São Paulo, que produziu a reportagem, recebeu muitas manifestações como essas, vindas das comunidades judaica e muçulmana, que discordaram da reportagem "Papo de homenzinho", do último domingo, que mostrava a tendência atual da
pediatria de não operar a fimose dos meninos com menos de 3 anos.
Essa orientação é dada pela Sociedade de Pediatria do Estado de São Paulo
e pela Sociedade Brasileira de Urologia, seção São Paulo.
Para judeus, cujo livro sagrado é a Torá, e muçulmanos, que seguem o Alcorão, essa operação - a circuncisão ou postectomia (nome técnico) - é uma tradição religiosa obrigatória. No menino judeu, a circuncisão é feita no oitavo dia; no muçulmano, até 1 ano, ou aos 13 anos idade que maomé teria sido circuncidado.
"Não há o que discutir. Está nas nossas tradições desde Abraão", defende o mohel Fernando Marsella, 45 anos. Mohel é o homem especializado em fazer
circuncisões, ele deve ser um judeu praticante ou um rabino.

O pediatra Jairo Len, 30, pós-graduando na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), vai de encontro à recomendação e defende a circuncisão até
o 15º dia. "Judeu, muçulmano ou não", diz ele.
"Mas tenho uma postura ética. Não induzo os pais. Pelo contrário, muitas mães falam preocupadas: `Doutor, não abre o pintinho!' Eu explico que não abre e é normal, com o tempo pode abrir", conta Len.
Mas ele defende a cirurgia e diz que não há nenhuma contra-indicação, facilita a higiene e reduz o risco de infecção urinária. "Quando eu tiver um filho, será uma das primeiras providências", completa ele.
O pediatra muçulmano Mohamad Mourad, 47, a não ser por motivos religiosos, manda esperar. "Em 20 anos de profissão, jamais induzi um casal, mas também jamais vi uma complicação grave decorrente da circuncisão", diz Mourad.
"Ainda assim, ensino os critérios de higiene para os pais e só recomendo a cirurgia depois dos 3 anos. Antes, só se o menino tiver problemas de
infecção urinária", conta o médico, que tem três filhos, todos
circuncidados antes dos 9 meses pelo Mohel Fernando Marsella.
Len e Mourad alertam, no entanto, que a circuncisão, mesmo a feita em casa, deve seguir todos os cuidados de assepsia: bisturi descartável e material esterilizado, luvas cirúrgicas, limpeza das mãos do Mohel com rigor cirúrgico e o mesmo cuidado com a pele do bebê.
E anestesia, sempre. "Essa história de que bebê não sente dor é balela!", diz o pediatra judeu. "A pele é fininha, mas é cortada e há dor." O mohel Fernando também defende a anestesia e as práticas com total assepsia.
"Tudo deve ser esterilizado e o bisturi é descartável. Também já existem pomadas anestésicas", diz.

Segue abaixo o texto das Sagradas Escrituras.

"E disse Deus a Abraão: E tu, minha aliança guardarás, tu e tua semente depois de ti, nas suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua semente depois de ti: será circuncidado em vós, todo o varão. E circuncidareis a carne de vosso prepúcio, e será sinal de aliança entre mim e vós. Com a idade de oito dias será circuncidado, entre vós, todo varão, nas vossas gerações: o ( escravo ) nascido em casa, e comprado por prata, de todo filhos de estrangeiro, que não seja de tua semente". (Bereshit - Gênesis Cap.7 vs de 9 a 12).

"Não foi com nossos pais que fêz o Eterno esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje estamos vivos"( Devarim/ Deuteronômio Cap.5 v3 ).












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