segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Judaísmo não é droga, pratique!


por Rabino David Azulay

As estatísticas sobre consumo de drogas chocam qualquer um. A mim também. Quando me confronto com este tipo de problema, sempre procuro entender a razão. Entender sim, justificar não.

A princípio, alguns psicólogos enumerarão uma série de fatores que podem predispor ao consumo de drogas, como sociais, familia-res, frustrações, falta de auto-estima, etc. Estes e mais outros podem favorecer um jovem a apelar para este recurso artificial. Porém pergunto de outro ângulo: como é possível alguém, com um futuro promissor pela frente subir num penhasco de 2.000 metros, consciente, olhar para baixo, sorrir e se jogar de cabeça ao encontro do chão? – e não estou me referindo a nenhuma espécie de "bunge-jumping" humano.

Talvez possamos dizer que a sensação de "cair" seja fascinante, pois desprende a pessoa de todos os problemas do cotidiano. Sim, uma fuga gostosa a curto prazo, porém de conseqüên-cias desastrosas. Mas dá para entender a razão, pois o ser humano, na verdade, necessita sair de sua rotina, conflitos e problemas que surgem diariamente; é uma necessidade.

O rei David escreve nos Salmos: "A lei do Eterno é perfeita, reconforta a alma." O estudo e a prática do judaísmo nos desprendem por momentos da rotina de problemas para "viagens" gostosas, entre elas o Shabat ou o Talmud, vícios saudáveis, fontes sem riscos, oxigênio para a alma. É disto que ela necessita e não de alucinações e "viagens" sem volta.

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