domingo, 28 de abril de 2013

LAG BAOMER.



"Doze pares de alunos tinha Rabi Akiva e todos eles morreram em um só período, porque não se tratavam com respeito, uns aos outros" (Talmud Iebamot 62b)

Narram nossos sábios que os alunos de Rabi Akiva morreram entre Pessach e Lag BaOmer.

Lag BaOmer? Que data é esta? Que tipo de festividade é esta que nem nome tem? Uma festividade que nomeamos apenas por sua data no calendário! É um dia 33 de uma conta, o Omer, como se fora uma estação intermediária em uma viagem até a festa de Shavuot.

Entretanto, estamos frente a uma data importantíssima em que, entre outras coisas, morreram os alunos de Rabi Akiva.

Nossos sábios se perguntam - de que morreram os alunos de Rabi Akiva? E o Talmud nos responde que morreram de uma estranha enfermidade: "não se respeitavam uns aos outros". Será esta enfermidade tão rara? Ouvindo o eco das palavras talmúdicas, sinto que estas palavras ressoam em nós mesmos aqui e agora! Vivemos em uma época de respeito mútuo? Não há partes de nós mesmos que morrem, como os alunos de Rabi Akiva, da falta de respeito mútuo, todos os dias?

Olho com preocupação porque sinto a presença inquietante desta enfermidade do passado em nosso tempo, em nossa sociedade e também em nossa comunidade.

Chegando Lag BaOmer, quero propor que declaremos esta festividade como FESTA DO RESPEITO (com letras maiúsculas), o DIA UNIVERSAL DO RESPEITO. Tantas coisas legamos à humanidade através de nossos judaísmo, hoje, frente a algo tão básico como viver em respeito, sinto que temos esquecido e devemos recuperar.

Quão importante seria que, a cada ano, com a chegada de Lg BaOmer, nossas ações tornem se significativas para a construção do respeito, que elejamos educar para e em respeito mútuo e que recordemos as palavras do mesmo Rabi Akiva que nos ensinou que não há mundo possível sem o outro, porque somente o amor ao próximo pode sustentar o mundo e isto se chama RESPEITO

Rabi Akiva nos ensinou "Ve achavtá le reachá kamocha...", ama teu próximo como a ti mesmo e o resto veja e aprenda! O resto, ver e aprender, será o fruto de nosso aprendizado e compromisso, fruto de por as mãos à obra com convicção de que, com respeito mútuo, o mundo vive e que sem ele, o ensinamento dos acontecimentos com os alunos de Rabi Akiva nos mostra, não há futuro possível.

Convido todos, eu e você, que transmitimos a mensagem de RESPEITO, de amor, na convicção de fazermos juntos, um dia, um mundo melhor em sociedade com Deus, "She Netaken Olam Bemalchut Shadai"

Chag Sameach !

Rabino Daniel Dolinsky
Comunidade de Rosario, Santa Fe, Argentina


Nenhum comentário:

Postar um comentário