quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Brasileiro compra livro e não lê.

A 3ª edição da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", feita pelo Ibope Inteligência em conjunto com o IPL (Instituto Pró-Livro), mostra a diminuição do número de livros lidos pelos brasileiros. Em 2007, eram 4,7 por pessoa, na pesquisa realizada em 2011, caiu para 4. Em contrapartida, o mercado editorial no Brasil continua crescendo.
O resultado poderia ser visto como incoerência estatística ou reflexo do aumento do consumo provocado pelo fetichismo da mercadoria, ou seja, comprar um livro apenas para tê-lo. Para o professor Paulo Ghiraldelli Jr., autor de dezenas de títulos, o brasileiro compra e não lê.
Em entrevista à Livraria da Folha, Ghiraldelli defende que o dado mais preocupante indicado pela pesquisa é o índice de brasileiros que não frequentam bibliotecas. No país, 73% --incluindo estudantes de ensino superior-- nunca entraram em uma.
Realizado entre junho e julho de 2011, a pesquisa classifica como leitor apenas quem respondeu ter lido pelo menos um livro --inteiro ou em partes-- nos três meses anteriores à consulta. A estatística inclui títulos indicados pelas escolas. O IPL conta com o apoio da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), CBL (Câmara Brasileira do Livro) e SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), as entidades fundadoras.
Ghiraldelli, responsável pela coleção "Filosofia em Pílulas", prepara a publicação de "Lições de Paulo Freire: Filosofia, Educação e Política". "Convivi com Paulo Freire fora e dentro da sala de aula. Estivemos juntos nos anos 1980, em várias jornadas, por razões diversas. Tínhamos perspectivas diferentes e, por isso mesmo, acho que consegui extrair dele mais coisas do que muita gente que o repetia", comentou sobre a edição.


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