quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Irmã de Sarah Silverman é detida em Jerusalém



A comediante americana Sarah Silverman saiu em defesa de sua irmã, a rabina Susan Silverman, que foi detida - juntamente com a filha, Hallel - no Muro das Lamentações, em Jerusalém, ao rezar com um grupo de mulheres rabinas (na foto acima: Susan e Hallel sendo detidas).

Sarah postou no Twitter uma mensagem de apoio ao grupo “Mulheres do Muro”, uma ONG feminista que prega o fim do monopólio dos rabinos ortodoxos sobre a vida religiosa israelense. Os ortodoxos não aceitam a existência de mulheres rabinas e muito menos que grupos delas rezem no Muro das Lamentações com com o talit, uma espécie de xale tradicional usado apenas por homens.
“Tão orgulhosa de minha incrível irmã e sobrinha pela corajosa desobediência civil”, escreveu Sarah Silverman em sua conhecida linguagem explícita. 

-- Estou orgulhosa de lutar por algo em que acredito. Há desigualdade no Muro das Lamentações – disse Hallel Silverman, que foi detida junto com uma dúzia de mulheres, entre elas a fundadora do “Mulheres do Muro”, a rabina Anat Hoffman. 

Grupos de judeus liberais e ONGs feministas do país, que, há anos, alegam que os rabinos da vertente ortodoxa do judaísmo “sequestraram” a religião, que também é professa por vertentes reformistas e conservadoras, mais liberais. Os ortodoxos controlam assuntos religiosos como casamentos, divórcios e enterros, além de ritos em locais sagrados. 

Recentemente, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu ao diretor da Agência Judaica, Natan Sharansky – responsável pela imigração de judeus para Israel –, que estude e sugira soluções para que grupos de mulheres também possam rezar nos arredores do Muro, o lugar mais importante do Judaísmo. Isso deu esperança aos mais liberais de que algo possa mudar. 

O pedido de Netanyahu foi feito em meio ao aumento de detenções de mulheres religiosas que tentam rezar na Esplanada do Muro vestindo acessórios considerados masculinos, como o talit e a kipá (solidéu usado na cabeça), e entoando orações da Torá (o Velho Testamento). Essas práticas são consideradas proibidas por ortodoxos, principalmente se incluem mulheres recitanado bençãos bíblicas em voz alta no Muro.

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