terça-feira, 14 de maio de 2013

Mas É Verdade…



Com que frequência as pessoas justificam fofocas maldosas com a explicação de que a calúnia é verdadeira?

Por Zalman Posner




Há concepções de moralidade explanadas na Torá que são desconhecidas a outros povos, defeitos reconhecidos pela Torá e depreciados, se não totalmente ignorados pelos outros. A Torá discute em profundidade a aflição chamada tsaraat, comumente traduzida como lepra. Os Sábios descrevem-na como o castigo para lashon hará, a maledicência.



Há leis sobre calúnia e difamação nos códigos seculares. No entanto, desde que se tome cuidado para fazer apenas prováveis declarações, não importa quão maldosas ou prejudiciais sejam as palavras, ele está imune a punições legais. Com que frequência as pessoas justificam fofocas maldosas com a explicação de que a calúnia é verdadeira? Nem sequer sanções sociais são exercidas contra ele. Com que frequência as pessoas justificam calúnias perversas dizendo que “simplesmente é boa demais para guardar” com a explicação aceitável de que a calúnia é verdadeira?

Caluniar outras pessoas, discutindo gratuitamente suas faltas simplesmente pelo “prazer” envolvido – isto é forçosa e constantemente denunciado na Torá (obviamente isso não se aplica a situações como testemunhar num tribunal de justiça). A Torá vai ainda mais longe. Além de proibir o judeu de falar mal de outra pessoa, e até de insinuar as faltas dos outros, na verdade é proibido escutar maledicência. O ouvinte passivo que não diz uma palavra está cometendo um pecado.

Os judeus precisam ir aos outros para aprender o que é a moralidade? Mais explorações de outros aspectos praticamente desconhecidos da ética e padrões de conduta da Torá não demonstrariam a superioridade do estilo de vida da Torá aos outros modos de vida?



POR ZALMAN POSNER
Zalman Posner é um rabino veterano, atuando na área rabínica desde 1949. É rabino emérito da Congregação Sherith Israel de Nashville, Tennessee, e co-diretor do Chabad-Lubavitch de Nashville.

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